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domingo, 14 de novembro de 2010

A força dinâmica do medo

O medo pode ser considerado como uma energia , uma força dinâmica, um impulso  a fazer algo - um impulso a escapar  ou fugir. A primeira palavra que suscita no homem se assusta se descobre um perigo para seus filhos, seus pais , sua saúde , seus bens , sua tranqüilidade de espírito, sua segurança, sua liberdade etc. Se o propósito do medo é assegurar a sobrevivência, então o medo se manifesta quando está em perigo essa sobrevivência ,  considerando a sobrevivência não simplesmente em termos de existência física, mas a  sobrevivência do eu , a sobrevivência da personalidade. O temor é provocado pela probabilidade de uma perda   de amor, perda de bens, perda de saúde , perda de amor-próprio, etc. A maioria das pessoas parece considerar o medo relacionado sempre com acidentes, enfermidades,fome, assaltos, etc. Logicamente , essas coisas são de temor , porém , como causa de medo , na realidade, poucas vezes são encontradas no individuo comum. O medo , de modo geral , provém  de uma série de causas diferentes – o medo de desagradar, o medo  do ridículo , o medo de ofender, o medo da incompreensão , o medo da desaprovação , o medo de ser criticado, o medo de ser dominado , o medo da solidão . O medo mais extremo que se  observa nos indivíduos , o medo  que os incapacita totalmente , não por minutos ou horas , mas por meses ou anos, é o “medo de domínio”. Habitualmente se qualifica esse tipo de temor como  “medo de perder  a personalidade “, perda do livre arbítrio pessoal – a  ameaça de domínio por parte  de outras pessoas. O individuo ameaçado crê que nunca  terá  oportunidade para decidir  as coisas por se mesmo . Tem que fazer ó  que lhe dizem – tem que fazer o que outras pessoas desejam que faça ou esperam que faça  ,  pois temem  provocar a desaprovação delas ou ferir seus sentimentos . por uma ou outra razão , se preocupa  tanto por fazer o que outras pessoas desejam que faça ,que se  crê em perigo de converte-se em um reflexo da personalidade de outros e deixar de existir por direito próprio . Tanto maior é a sabedoria das sugestões que assim  lhe  assaltam , tanto maior é o seu pânico , pois , se as sugestões lhe rodeiam  todo o campo de conduta racional , pode ver-obrigado a seguir uma conduta irracional , uma conduta que ele mesmo desaprova em caso que faça algo por se mesmo. Dessa forma , o medo alcança proporções  fantásticas. Se um individuo descobre em si mesmo um impulso á fuga , passa a sentir medo  de chegar realmente a fugir, ato que poderia ser considerado como covardia e que conduziria à perda de prestigio perante si mesmo e os demais . Assim se desenvolve o “medo ao medo “. Sentir medo quando há realmente algo a temer , não é prova de covardia . a maioria das pessoas crê que sentir medo é agir como medroso , que sentir uma  coisa semelhante a “vontade de fugir “ não é muito diferente de fugir realmente . O medo não impede a valentia . O medo e a coragem se dão as mãos e a crença comum de que os heróis não temem , é errada .A maioria  dos atos ousados de heroísmo são realizados freqüentemente por indivíduos em quem o motivo principal da ação é demonstrar a si mesmos e aos demais que “não temem”,ou que “são capazes de vencer o medo “. O medo deve ser aceito como uma vantagem biológica na luta pela sobrevivência . ao sentir medo, o individuo deve admiti-lo :”De fato , tenho medo . E agora?  Que é que eu vou fazer com ele? Sim. Tendo medo ,porém,  o que faço com ele é o que determina se sou um  covarde . não posso impedir de sentir medo , mas posso evitar de ser covarde “. Nunca se esqueça :“Há menos perigo em caminhar para a frente do que em fugir. A fuga mais salutar  é a fuga para a frente – O medo transformado em coragem”.                                                      

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